As cartas que eu não mando...

11/09/2009



O meu amor tem a idade do tempo
A idade dos versos contados
Em calendários diferentes
Não tem a idade relógio
Tem mil anos de história.
O meu amor conta tardes de outono,
Conta invernos em cabanas,
Chamas na lareira.
Conta palavras escritas
Em diários amarelados,
Em cartas guardadas.
Meu amor é coração desenhado
Lágrimas sangradas,
Rios gotejados em mares.
Ele conta segredos escondidos na mente.
O meu amor é criança
Apesar dos cabelos brancos
E da fronte envelhecida,
Porque o meu amor canta
E esquece o pranto.
É doce como fruta madura
Ás vezes limonada,
Mais limão do que açúcar.
Tem o gosto do orvalho,
Colhe madrugadas e
Segura o frescor da manhã.
O meu amor amadurece
A cada alvorecer
E se enternece ao por-do-sol.
É mar e poesia,
Ondas no quebra-mar,
Maresia de puro amar.
Meu amor tem o saber do vento
E o cheiro das madrugadas,
É lua crescente ... é cheia n as invernadas.
É bicho do mato,
Tem sete vidas como gato .
O meu amor é um moço velho
Cheio de histórias
E um velho moço
Cheio de alegria.
É sul real este amor poesia
Enternece-me e renova-me
Todos os dias.

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