As cartas que eu não mando...

01/08/2010

As Pontes de Madison

Para aumentarmos ainda mais o tédio dominical, meus amigos e eu, resolvemos assistir então o 4º filme do final de semana. Então nada melhor que "As Pontes de Madison".
Belíssimo filme dirigido por Clint Eastwood, conta a história de Francesca, uma dona de casa dedicada e esforçada que vive para satisfazer e organizar a vida dos dois filhos e do esposo. Enquanto faz tudo por aquelas pessoas, como aprendeu que deveria, não recebe nada em troca além da indiferença dos três. Óhh quanta angustia.
Em uma das viagens do marido para exposições de animais ela conhece Robert, um fotógrafo aventureiro que já conhece quase todos os lugares do mundo e nunca se prendeu a mulher nenhuma. (O que diga-se de passagem é muito comum...)
Os dois acabam se apaixonando e vivendo uma das histórias mais tocantes do cinema. O amor proibido é, ao mesmo tempo, um amor maduro, que supre carências e encanta.
Tudo isso chega ao espectador em forma de flashback através de um diário encontrado pelos filhos de Francesca após sua morte. Enquanto lêem e eles vão percebendo o que pode mudar também em suas vidas. O que estamos fazendo dos nossos dias? Proporcionamos felicidade? Somos realmentes completos, auto-suficientes?
Para viver o casal central, Eastwood escolheu a si próprio e a sempre fantástica Meryl Streep, que soube como transmitir as frustrações e a carência de uma mulher que vivia em uma época e, principalmente, em um local, onde mudanças não eram muito bem vindas.(Quase um Pequeno Paraíso rsrs).
O filme como um todo, seja pela delicadeza ou pelo tema, acaba sendo uma quase unanimidade entre as mulheres que o assistem. (No caso eu e minha irmã hehe).Por outro lado, muitos são os homens que não gostam da trama e classificam o filme como uma apologia à traição. O que assistindo eu pude relembrar momentos e já imaginava isso na visão dos homens presentes na sala, mas eles me surpreenderam com o entendimento do tema.
Enfim ótimo filme! Recomendo, principalmente a todas mulheres que por alguma vez se sentiu presa a uma vivência, ou teve medo de arriscar, ou ate mesmo encontrou um Robert em suas vidas.
Fiquem com uma das cenas mais legais que vi...

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